sexta-feira, 29 de junho de 2012

SEDA em Parceria com o Movimento Gatos da Redenção







As integrantes do Movimento Gatos da Redenção, Maria Antônia Côgo e Gladis Maria Romagna, visitaram na quinta-feira (28) a Área de Medicina Veterinária, com o objetivo de conferir in loco o espaço da SEDA. Há tempos o poder público municipal apresentou a proposta ao Movimento e agora foi selada a parceria de, gradativamente, transferir os gatos a fim de proporcionar-lhes um ambiente com total segurança, além de cuidados e atendimento veterinário sobretudo àqueles que necessitam de atenção intensiva por apresentarem deficiências ou patologias. “Vamos trazer e, também, acompanhar os gatos que estão com a saúde mais debilitada. Depois do que vimos na SEDA, nossa esperança renasceu”, disse Antônia, emocionada.




Ao contrário do que tem circulado na mídia e nas redes de proteção, a decisão de retirar felinos da Redenção não foi arbitrária ou determinada pela Prefeitura de Porto Alegre. Ela é fruto de um consenso frente às dificuldades que o ambiente apresenta por ser aberto dioturnamente à população, ficando a comunidade felina totalmente vulnerável e indefesa aos maus tratos dos impiedosos.



Como será de forma gradual, com total aquiescência por parte do Movimento, não serão retirados TODOS os animais, nem tampouco a ação visa impedir que as protetoras fiquem cerceadas de suas atividades de amparo, até porque, o elevado número de animais abandonados tornou-se rotina naquele espaço, e, a inestimável ajuda que prestam, o carinho e dedicação para com os animais, é de reconhecimento de toda população. A proposta feita às protetoras do Movimento visa proteger aqueles com deficiência visual , os idosos e portadores de patologia mais críticas.



Os fatos

Há muitos anos, ela e outras protetoras se reuniram para cuidar dos cerca de 50 felinos que vivem na Redenção. Na manhã da última segunda-feira (25), Maria Antônia e Gládis foram surpreendidas quando chegavam para alimentar os animais: três gatinhos morreram após ataque de um cão e outros dois estavam seriamente feridos .



Segundo Maria Antônia, não existe nenhuma hipótese da morte ter sido causada por um humano, pois não houve arrombamento e nenhum bem foi furtado. Além disso, o espaço destinado à colocação de gaiolas aos gatos possui cadeado, e, somente quem tem a chave é o Movimento. Como a parte inferior do cercamento é aberta para que os felinos tenham acesso, possivelmente, a entrada do animal se deu pelas extremidades das paredes que envolvem o abrigo.



Adoção

Depois de removidos à SEDA, os felinos da Redenção serão colocados para adoção no mesmo lugar onde as protetoras se reúnem nos finais de semana. “Acho que agora não faremos feiras de adoção toda a semana, em função do que aconteceu há poucos dias. A morte dos gatos sensibilizou a rede de proteção, virou notícia e esperamos que as pessoas com sensibilidade não abandonem mais seus animais. É nisso que eu acredito. Acima de tudo, tem o apoio do poder público, que está dando retaguarda aos nossos gatos e nos fazendo acreditar num futuro melhor para eles”, concluiu Maria Antônia Côgo.